O que era uma ideia para o futuro já virou realidade. Isso é o que tem acontecido na vida do adolescente de 17 anos, do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Arcoverde. Após participar de um curso de gesso em 3D ele tem sido procurado, constantemente, para realizar o serviço.
Estou muito feliz com a profissão que estou desenvolvendo. Quando sair da unidade vou investir nessa área, mas sem deixar de estudar”, diz o rapaz que também já ganhou um prêmio de redação. De acordo com coordenadora geral da unidade de Arcoverde, Paula Cibelle, a ideia do curso surgiu da necessidade de ofertar alguma atividade que trouxesse lucro e que pudesse de fato incentivar os adolescentes a continuar. “Um dos nossos agentes fez um curso fora e trouxe a experiência para dentro do Centro”, pontua.
O responsável por ensinar os adolescentes é o agente Erivelton Gomes, que também dá aula de artesanato. “O gesso é uma matéria-prima barata e percebi que o serviço é bastante procurado para dar uma nova cara aos ambientes”, explica. As aulas passaram por várias etapas, produção, criação, aplicação e até a visita a uma fábrica de gesso. “Tínhamos mais três adolescentes, mas alguns já estão em liberdade. Para esses que saíram demos todos os caminhos, a exemplo de onde comprar material para começar a trabalhar”, explica.
O jardim e a recepção do Case já receberam a intervenção dos meninos e estão com placas de gesso. Isso foi só o ponta pé inicial para os funcionários da própria unidade quererem contratar a mão de obra do adolescente. “O trabalho tem sido bastante requisitado. O adolescente vai realizar o trabalho acompanhado de um agente. O pagamento do serviço é usado para comprar mais material e o restante vai para família do jovem”, explica a coordenadora da unidade, salientando que o interesse dos adolescentes envolvidos foi surpreendente.
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