O grupo CBL Alimentos, da marca de leite Betânia, tem planos fortes para o Nordeste, e Pernambuco está no plano de ação. A marca passa a se chamar Betânia Lácteos e até o fim do ano vai investir R$ 20 milhões na estrutura produtiva das cinco fábricas do Nordeste. Depois de receber R$ 6 milhões para centralizar toda a produção de leite condensado do grupo e realizar envase na embalagem tetrapak, a unidade pernambucana, localizada na cidade de Pedra, no Agreste, terá ampliação da área de tancagem do leite. Líder no setor de leite longa vida com 32% do market share do Nordeste, a aposta agora é ganhar mercado no segmento de iogurtes. A ideia é sair de 13% de participação no mercado para 20% em dois anos, inclusive com itens inéditos no mercado brasileiro.
De acordo com o CEO da empresa, Bruno Girão, a importância dos produtores locais no desenvolvimento da marca e da empresa no mercado passa a assumir a linha de frente do negócio. “Estamos estruturados para ganhar mercado e nos moldando ainda mais para isso. Quando a economia estiver pronta para saltos mais expressivos, estaremos aptos a crescer junto e, agora, valorizando ainda mais o que já era importante para a empresa, a de entregar ao consumidor um produto alimentado por toda uma cadeia local, da nossa região”, destacou.
A ideia é tratar todos os pontos da cadeia no plano de expansão. “Estimular e colaborar com o produtor para que ele produza mais e ocupe a futura ampliação nos tanques de leite fluido. Esse ajuste, inclusive, vai exigir a duplicação da área locada do centro de distribuição local, em Jaboatão dos Guararapes. A comunicação da empresa também muda de estratégia, trazendo para o consumidor esse tom de chega à mesa do nordestino um produto de uma empresa com DNA 100% regional”, acrescentou.
A produção hoje das cinco plantas da empresa reúne matéria-prima 100% nordestina, alimentadas por mais de 3,5 mil famílias produtoras de leite fluido de 130 municípios do Nordeste. São mais de 120 produtos lácteos na cartela da Betânia Lácteos, produzidos sem nada de fora.
“A gente tem uma visão de cadeia, que é mostrar que o produtor precisa estar bem para a fábrica ficar bem e chegue ao consumidor um produto bom. Não tem negócio forte com uma dessas bases fraca. É esse valor agregado que queremos ressaltar. É uma característica nossa. Nós já entendíamos a importância dos pontos da cadeia na produção, com as ações de convivência com a seca para os produtores, a cultura da palma nesse enfrentamento, de como pode ser ocupada a ociosidade da entressafra. É esse valor gerado que queremos que as pessoas conheçam”, reiterou.
Atualmente, a empresa possui unidades industriais localizadas no Ceará (a primeira, desde 1971), Pernambuco, Paraíba e Sergipe, além de oito Centros de Distribuição. São 1.860 colaboradores e devem chegar a 1.950 com a expansão. No primeiro trimestre de 2018, 60 novos postos de trabalho foram criados. A linha de produtos inclui: leites pasteurizados, leites longa vida, bebidas lácteas, iogurtes, queijos, requeijões, doce de leite, leite em pó, creme de leite e leite condensado.
fonte diariodepernambuco.com
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