Deputados pernambucanos como Danilo Cabral e Tadeu Alencar, ambos do PSB, declararam abertamente que votam contra a Reforma da Previdência, que deve ir à plenário na próxima semana. Mas não são apenas deputados da oposição que votarão contra Temer, tem deputado aliado, a exemplo de Zeca Cavalcanti (PTB) que também não quer a reforma da forma como foi apresentada pelo Presidente da República. A decisão de Zeca vai contrária à decisão do seu partido, que decidiu exigirá que todos os seus deputados e senadores votem a favor.
Zeca é um dos 124 deputados da base aliada que estão anunciando votos contra a reforma. No total, segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, 215 deputados declararam voto contrário à reforma da Previdência. Há divisão sobre o tema mesmo no PMDB e no PTB, os únicos partidos da coalizão governista que decidiram obrigar suas bancadas a votar a favor das mudanças na aposentadoria.
No estado, O PMDB vive uma pendenga entre o grupo de Jarbas Vasconcelos e a chegada traumática de Fernando Bezerra Coelho, que espera comandar o partido e levar de vez para a base de Michel Temer. Já o PTB de Armando Monteiro apoia a reforma, mas vê em Zeca Cavalcanti a primeira deserção. Há o risco até de expulsão ao deputado, segundo nota que ele mesmo divulgou aos meios de comunicação.
O PSB já se manifestou contra a reforma e a grande maioria dos seus deputados votará contra Temer.
O Governo Federal encontra dificuldades para conseguir os 308 votos necessários à aprovação do texto. Com 205 votos contrários, do total de 513 deputados, a proposta de emenda à Constituição (PEC) seria rejeitada.
Para tentar aprovar, o Governo está prometendo aos prefeitos a liberação de R$ 3 bilhões, e às Centrais Sindicais, R$ 500 milhões, para atrair deputados que possam ajudar o governo a mudar a legislação previdenciária brasileira.
A questão é que todos sabem que votar a favor da reforma pode ser um suicídio político!
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